Segundo informações do site Tribuna Sul Fluminense, “A situação aqui não está legal, está muito tensa. Minha mala já está pronta pra voltar, só tem que ter um jeito de ir embora”. O apelo é do jogador Luan Martins, que atua no futebol ucraniano e vive em Kharviv, cidade na região de fronteira com a Rússia, desde agosto do ano passado.
Em vídeo, Luan pediu ajuda ao governo brasileiro para deixar a Ucrânia após o início dos bombardeios das tropas militares russas no país.
“A gente não tem o que fazer, porque o espaço aéreo está fechado e as fronteiras estão fechadas. A gente pede para o governo brasileiro para que possa nos ajudar, dar uma posição para a gente do que fazer, porque a gente está aqui sem saber o que fazer. A gente não sabe o que fazer nesta situação. Então, peço pela ajuda de vocês”, disse Luan.
Luan é natural de Volta Redonda (RJ) e foi contratado pelo Volchansk, da terceira divisão ucraniana, em agosto de 2021. Ele vive em um apartamento com a esposa, Vanessa, que atualmente está no Brasil para resolver pendências na documentação.
“Não consegui dormir até agora. Estou muito preocupada com ele diante desta situação. O tempo todo em contato com ele para saber como estão as coisas por lá e ao mesmo tempo passando as informações que temos aqui, porque a informação que eles têm lá é muito precária”, disse a esposa.
Treinos suspensos e barulho de explosões
Os campeonatos ucranianos foram oficialmente suspensos. Em curto comunicado no site oficial, a organização dos torneios atribuiu a decisão à lei marcial imposta na Ucrânia. As equipes também liberaram os jogadores dos treinamentos.
Apesar da tensão de ouvir o barulho de explosões, Luan relata que a rotina na cidade ainda não foi completamente alterada. “Movimentação tranquila. Tem algumas pessoas ali andando na rua, devem estar indo ao mercado comprar comida”, comentou.
Segundo ele, ainda não há sinal de desabastecimento em supermercados. Por enquanto, ele segue em casa e chamou outros quatro jogadores brasileiros que atuam na região para aguardarem juntos por uma solução.
Embaixada orienta procurar lugar seguro
Segundo embaixada brasileira na Ucrânia, cerca de 500 brasileiros vivem no país. Em um grupo no Telegram, a embaixada emitiu uma orientação para os brasileiros.
“Aos brasileiros que não puderem deixar o país de modo seguro, a embaixada orienta a procurar um local seguro para o momento, longe de bases militares, instalações responsáveis pelo fornecimento de energia e internet e áreas responsáveis pela produção de energia elétrica”, informou o comunicado.
Fonte: tribunasf.com.br